14 de fevereiro de 2010

Ainda sobre o Carnaval

A beleza torna-se muda,cega, e surda
apática e sem cores transita na passarela, nas ruas , nas casas
entre gritos e corpos suados
ao som da bateria ela relembra tempos idos
que os índios a idolatravam como deusa
que os gregos a tinham como a perfeição da alma
ela era perseguida por artistas
ela era a essência que animava a alma.
Hoje resignada e calada
sucumbe
a insana mente humana
fraca e torpe
debilitada
que a tudo soube racionalmente destruir.
Mas ainda há esperança,
após o carnaval,
ainda existirão mentes dispostas a criar e a destruir
E ela lá estará para receber ao nobre incauto
com o olhar aguçado e desprendido das mazelas que embotam a mente humana.

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